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O hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), também conhecido como rosa da China, mimo de vênus e rainha dos trópicos, é um arbusto originário da Ásia Tropical e Havaí que encanta pela exuberância de suas flores e atrai milhares de pessoas por suas propriedades medicinais.

Devido a vários cruzamentos, hoje temos cerca de 250 espécies de hibisco, sendo que o Hibiscus rosa-sinensis e o Hibiscus sabdariffa são os mais conhecidos.

Mencionado nos clássicos ayurvédicos, como o Bhavaprakash Nighantu, ele guarda propriedades únicas e segredos que você não pode deixar de conhecer.

Vem comigo pra conhecer todos eles!

Para que serve o hibisco?

Tradicionalmente, usamos as flores de hibisco no preparo de medicamentos para tumores, asma, febre e inflamações. Elas também têm propriedades antifúngicas, antimicrobianas e antioxidantes.

Outras propriedades do hibisco são: antibactericida, antidiabético, neuroprotetor e anticoncepcional. E a mais conhecida de todas: estimula o crescimento dos cabelos.

Além disso, o hibisco também possui propriedades cardioprotetoras, cicatrizantes, gastroprotetoras, hepatoprotetoras e anti-hiperlipidêmicas, ou seja, pode ser um forte aliado na perda de gordura corporal. Ele também estimula o fluxo menstrual e ajuda a purificar o sangue.

Como cataplasma, usamos o hibisco no tratamento de psoríase, sarna, coceira e outras doenças de pele.

Hibiscus rosa-sinensis no Ayurveda

No Ayurveda, o hibisco é mais conhecido como japa. O Bhavaprakash Nighantu diz que ele é constipativo e contribui para a saúde do cabelo. Além disso, alivia kapha e vata dosha.

Já o Raj Nighantu, outro livro importante do Ayurveda, traz a informação de que o hibisco é pungente e quente. TDiz, ainda, que ele pode curar alopécia, ou seja, calvície ou perda de cabelo.

Neste sistema de medicina, é possível fazer vinhos e colorir os cabelos a partir de uma tintura de hibisco. Com as raízes, podemos tratar tosse e estomatite. E com o chá das folhas, tratamos gonorreia.

Além disso, com um macerado das folhas e flores preparamos um shampoo natural de hibisco que estimula o crescimento dos cabelos.

Hibiscus rosa-sinensis na medicina tradicional andina

Na medicina tradicional Yuracaré — indígenas da região de Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra, Bolívia — o Hibiscus rosa-sinensis é conhecido como poloris.

Para a tosse, faz-se um cataplasma com as folhas de hibisco e aplica-se no peito. Outra possibilidade é fazer um chá de flores de hibisco e beber 3 vezes ao dia.

Outros usos do Hibiscus rosa-sinensis na Medicina Tradicional Andina são no tratamento de cistite, conjuntivite, inflamações diversas, dor de garganta, diarreia, indigestão, flatulência, cólicas menstruais, hemorroidas, abscessos e doenças pulmonares.

Hibiscus sabdariffa na medicina tradicional maya

Na Guatemala, o Hibiscus sabdariffa, mais conhecido como flor da Jamaica, é aplicado como tratamento em inúmeros problemas de saúde. Alguns exemplos são: dores de garganta, infecções urinárias, hipertensão e reumatismo.

Chá de hibisco: quem não pode tomar?

Mulheres grávidas e tentantes devem evitar o consumo do chá de hibisco, pois ele é potencialmente abortivo.

Além disso, de acordo com o Ayurveda, o hibisco pode provocar constipação. Nesse sentido, quem sofre de constipação com frequência deveria evitar o consumo prolongado da planta.

Shampoo de hibisco para tratamento de alopécia (calvície)

Segundo a medicina tradicional da Comunidade de Bocas del Atrato, na Colômbia, você pode preparar o shampoo de hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) da seguinte forma:

  • Macere algumas folhas de hibisco e acrescente um pouco de água, até cobri-las por completo. Então, deixe repousar durante a noite.
  • No dia seguinte, essa mistura terá formado um gel. É esse gel que você vai usar como shampoo.
  • Você também pode acrescentar outras ervas benéficas para os cabelos, como o aloe vera, por exemplo.

Essa mistura simples ajuda no combate à caspa e estimula os folículos capilares, auxiliando no tratamento da calvície.

Hibisco: uma oferenda ao feminino

Na Índia, a flor de hibisco é associada à Deusa Durga, em sinal de adoração. Ela simboliza a energia feminina, destacando-se como um símbolo de poder, beleza e delicadeza da mulher.

Como protetora do corpo feminino, essa flor também ajuda a nos reconectarmos com a nossa energia feminina, desenvolvendo mais autoestima e poder pessoal.

Obrigada por ter me lido até aqui e a gente se vê no próximo artigo.

Abraços,

Eve.

Referências

NICOLAS, J. P. et. al. Manual de plantas medicinales del Altiplano de Guatemala para el uso familiar. Guatemala: Ediciones Medicos Descalzos.

RAMIREZ. Y. A. Libro artesanal de plantas medicinales de la Comunidad de Bocas del Atrato.

THOMAS, E. & VANDEBROEK, I. 2006. Guía de Plantas Medicinales de los Yuracarés y Trinitarios del Territorio Indígena Parque Nacional Isiboro-Sécure, Bolívia. Santa Cruz, Bolivia: Imprenta Sirena.

Évelim Wroblewski

Évelim Wroblewski é terapeuta ayurveda especializada em ginecologia ayurveda (striroga) pelo Instituto Adhipati e Sankarakripa Arogya Nikethanam, terapeuta da ginecologia natural pela escola Curandeiras de Si, e possui Formação em Medicina e Herbolaria Tradicional Andina pelo Instituto de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia Indígena de Santiago em parceria com a Escola de Medicina Andina.

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