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Ciclo menstrual é um processo contínuo e periódico cujo início é marcado pela presença de sangramento, conhecido como menstruação. Mas ele não termina quando o sangramento acaba.

O ciclo menstrual se estende até um dia antes do início da próxima menstruação, sendo marcado por outros processos fisiológicos que afetam o nosso organismo. Portanto, antes de pensar em diminuir o ciclo menstrual, você precisa conhecer todo este processo e como ele se dá no seu corpo.

Topa essa viagem comigo?

O que é ciclo menstrual, afinal?

Como você viu logo no início do artigo, ciclo menstrual é o período compreendido entre duas menstruações. Ou seja, se você começou a menstruar hoje, significa que seu ciclo menstrual começou hoje e vai terminar um dia antes do seu próximo sangramento.

Costuma-se dizer que a duração de um ciclo menstrual é de 28 dias, em média. Mas a verdade é que isso varia muito. Algumas mulheres têm um ciclo menstrual de 35 dias, outras de 24, outras de 28.

O que vai determinar se o seu ciclo menstrual é normal é um acompanhamento sistemático dele ao longo dos meses.

Nesse sentido, você só deveria pensar em diminuir o ciclo menstrual caso o intervalo entre uma menstruação e outra seja maior do que 35 dias. Ainda assim, antes de tomar qualquer atitude quanto a isso, precisa saber o porquê de o seu ciclo menstrual ser mais longo.

Isso porque o seu ciclo menstrual pode ser afetado por inúmeros fatores, tanto internos quanto externos. Portanto, é fundamental saber o que ocorre em cada fase do ciclo menstrual para que você possa entender essas mudanças.

O que ocorre em cada fase do ciclo menstrual?

Nosso ciclo menstrual costuma ser dividido em quatro fases:

  1. fase menstrual: corresponde ao período de sangramento;
  2. fase folicular: corresponde ao período de maturação do óvulo;
  3. fase ovulatória: corresponde ao período fértil da mulher;
  4. fase lútea: corresponde ao período entre o fim da ovulação e a próxima menstruação.

Cada uma dessas etapas é influenciada por hormônios, os quais podem sofrer variações de acordo com o nosso estado de ânimo, nossa alimentação, prática de atividades físicas, nível de estresse, qualidade do nosso sono, entre muitos outros fatores. Por isso, é importante entender o que se passa conosco durante cada uma dessas fases.

Fase menstrual

Durante a fase menstrual, há aumento do FSH — Hormônio Folículo Estimulante. Ao mesmo tempo, acontece uma queda nos níveis de estrogênio e progesterona no organismo.

Isso faz com que tenhamos uma baixa de energia, nos sintamos mais cansadas e introspectivas. Também podemos ficar mais sensíveis neste período, tanto física quanto emocionalmente.

Fase folicular

Também chamada de fase pré-ovulatória, a fase folicular conta com aumento da dopamina e serotonina no organismo. Temos mais FSH e estrógeno circulando em nosso corpo para estimular o amadurecimento dos óvulos.

É quanto nos sentimos mais ativas, comunicativas e participativas. Nossa criatividade e vitalidade estão bastante fortes.

Fase ovulatória

Na fase ovulatória, o estrogênio e a progesterona aumentam e o LH – Hormônio Luteinizante dá início ao processo de ovulação.

Então, o óvulo é liberado e temos um aumento da produção de muco cervical. Sabe aquele corrimento bem clarinho, que parece clara de ovo? É dele que estamos falando.

Também temos um aumento da libido, nos sentimos mais bonitas e atraentes. Além disso, temos um pico de energia e costumamos ficar mais comunicativas.

Fase lútea

Na fase lútea ocorre um aumento da progesterona no organismo e o tecido endometrial começa a engrossar, para esperar a fecundação do óvulo. Sentimos um acúmulo maior de líquido no organismo e podemos perceber inchaço abdominal e nos seios, por exemplo.

Quando a fecundação não ocorre, o endométrio começa a se desprender da cavidade uterina, o que vai dar início a um novo ciclo menstrual, a partir do primeiro dia de sangramento.

Durante a fase lútea, que abarca a famosa tensão pré-menstrual, podemos ficar mais irritadas, emocionalmente sensíveis e experimentar sintomas como cólicas, dor de cabeça, insônia, entre outros.

Para que você entenda tim tim por tim tim como funciona o nosso ciclo menstrual, vou deixar um vídeo da Explicatricks bem curtinho que explica de forma didática como tudo acontece:

Agora que você já sabe tudo o que ocorre em cada fase do ciclo menstrual, pode estar começando a perceber que vivemos uma montanha-russa de transformações ao longo desse período, certo?

Agora vem a pergunta mais importante: quanto tempo tudo isso dura para você? Ou, em outras palavras, quanto tempo dura o seu ciclo menstrual?

Se você não sabe ao certo, a melhor coisa que pode fazer a partir de hoje é acompanhar o seu ciclo menstrual de perto. Para tanto, você pode fazer anotações em uma agenda, por exemplo, usar aplicativos para smartphones ou uma mandala lunar.

Já sabe quanto tempo dura o seu ciclo menstrual e acha que ele é longo demais? Então vamos ver o que pode estar acontecendo.

Ciclo menstrual com 40 dias ou mais, o que pode ser?

Como eu disse antes, nosso ciclo menstrual pode ser influenciado tanto por fatores internos quanto externos. Quando ele se torna muito longo, com mais de 40 dias, por exemplo, significa que existe algo afetando seu ritmo normal.

A primeira coisa que precisamos fazer é olhar para a alimentação. Afinal, nossa saúde menstrual está intrinsecamente ligada ao que comemos.

Alimentos muito pesados, gordurosos e que geram muco podem estar por trás de um ciclo menstrual mais longo do que o normal, por exemplo. Nesse sentido, uma revisão dos seus hábitos alimentares pode ajudar a diminuir o ciclo menstrual.

Além da alimentação, a prática de atividade física também pode afetar a duração normal do ciclo menstrual.

Tanto o sedentarismo quanto o excesso de exercícios físicos podem comprometer o funcionamento dos hormônios envolvidos no ciclo menstrual e fazer com que ele se torne mais lento.

A privação de sono é outro fator que contribui para um ciclo menstrual desregulado. Nesse sentido, desenvolver uma higiene do sono pode te ajudar a diminuir o ciclo menstrual.

Ansiedade, estresse, depressão, exaustão física e mental são fatores emocionais que podem levar a um desequilíbrio do seu ciclo menstrual. Portanto, também é fundamental buscar ajuda quando você se sentir sobrecarregada ou sem recursos para lidar com seus sentimentos.

Além de fazer uma revisão geral em hábitos e estilo de vida, existem ervas medicinais que podem ajudar a regular o ciclo menstrual, como a valeriana e a artemísia, por exemplo.

Mas é essencial que você busque ajuda especializada para entender as causas desse desequilíbrio e assim diminuir o ciclo menstrual de forma equilibrada, responsável e, principalmente, conectada com a sua individualidade.

Mais do que diminuir o ciclo menstrual, você precisa focar em manter a sua saúde de forma integral. Todo o resto será uma consequência disso.

Caso você queira se aprofundar um pouco mais no assunto, te convido a conhecer a perspectiva do Ayurveda sobre o ciclo menstrual.

Um abraço e a gente se vê no próximo artigo!

Eve.

Évelim Wroblewski

Évelim Wroblewski é terapeuta ayurveda especializada em ginecologia ayurveda (striroga) pelo Instituto Adhipati e Sankarakripa Arogya Nikethanam, terapeuta da ginecologia natural pela escola Curandeiras de Si, e possui Formação em Medicina e Herbolaria Tradicional Andina pelo Instituto de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia Indígena de Santiago em parceria com a Escola de Medicina Andina.

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