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Ashoka, também conhecida como Saraca asoca ou Saraca indica, é uma planta considerada sagrada na Índia, Nepal e Sri Lanka.

Dentro da mitologia hindu, diz-se que Gautama Buda nasceu sob a sombra de uma Ashoka. A mesma árvore aparece no épico Ramayana, quando Sita, esposa de Rama, se senta sob uma árvore de Ashoka em Lanka.

Uma das plantas mais utilizadas no Ayurveda para tratamento de desequilíbrios do sistema reprodutor feminino, a Saraca indica é chamada de “amiga das mulheres”. Porém, suas propriedades medicinais vão muito além dos cuidados com a saúde feminina.

Continue a leitura e saiba tudo sobre a Ashoka!

O que significa ashoka?

Em sânscrito, ashoka significa “livre de tristeza”. Também pode significar “sem dor”. Por isso, a árvore Ashoka costuma ser comparada a alegria, felicidade e saúde.

Na mitologia hindu, essa árvore está associada a Kama, deus do amor. Ela também é associada à prosperidade, sucesso e elevação espiritual.

Quais são as propriedades da Saraca asoca?

A Ashoka possui potência fria, sabor adstringente e picante, sabor pós-digestivo pungente, é leve e causa secura.

Sua casca é amarga, adstringente e de sabor doce, sendo um excelente estimulante do tecido endometrial e ovariano.

Segundo o Bhavaprakash Nighantu, a Ashoka causa constipação, melhora a compleição, cura gota, sede, sensação de queimação, vermes, tuberculose, envenenamento e doenças do sangue.

O Raj Nighantu complementa essas informações, dizendo que a Saraca indica é cardiotônica e alivia a queimação e a fadiga. Também reduz nódulos abdominais, cólicas e flatulências.

O Charaka Samhita nos traz a informação de que a ashoka é analgésica, antipirética e anti-inflamatória.

Estudos recentes também indicam que a Ashoka é excelente no tratamento de artrite, aliviando a inflamação e a dor. Além disso, ela auxilia no processo digestivo.

A casca da Ashoka pode ser usada como antibactericida, antitumoral, antioxidante, anticancerígena e anti-conceptiva.

Já as flores da Ashoka apresentam atividade anticancerígena e são usadas no tratamento de úlceras gástricas.

Suas sementes são usadas para tratamento de febre, enquanto suas folhas têm ação analgésica e anti-inflamatória.

Além disso, os extratos de raiz, casca e semente de Ashoka são usados no tratamento de problemas da pele, como eczema, psoríase, acne, dermatite, herpes, prurido, sarna, pé-de-atleta e câncer de pele.

Ashoka na Ginecologia Ayurveda

Na Ginecologia Ayurveda, a Ashoka é tradicionalmente usada no tratamento de distúrbios como fluxo menstrual intenso (menorragia) e corrimento vaginal.

Ela estimula o endométrio e a atividade dos ovários, sendo indicada como tônico uterino. Também age na regulação do ciclo menstrual, além de ser um ótimo sedativo para cólicas e relaxamento das contrações do útero durante o período menstrual.

A casca do caule da Ashoka pode ser usada como método contraceptivo natural.

A Saraca indica também pode ser usada em casos de hemorragia interna, hemorróidas, úlceras, afecções uterinas, miomas uterinos, menometrorragia (sangramento uterino excessivo, dentro e fora do período menstrual), pólipos endometriais e espinhas.

Sinônimos de Ashoka no Ayurveda

O Raj Nighantu cita mais de 18 sinônimos para a Saraca indica. Alguns deles são:

  • hemapuṣpa
  • vañjula
  • tāmrapallva
  • kankellī
  • piṇḍapuṣpa
  • gandhapuṣpa
  • naṭa
  • viśoka
  • madhupuṣpa
  • rakta-pallavaka
  • vicitra
  • subhaga
  • doṣa-hari
  • rāmā-vāmanghrighātaka
  • śokanāśa
  • vanjula-druma
  • apśoka
  • kelika
  • citra
  • karṇa-pūraka
  • smarādhivāsa
  • prapallava
  • hemapuṣpa
  • piṇḍīpuṣpa
  • pallavadru
  • rāgī-taru

Naturalmente, a Ashoka não cresce no Brasil. E, infelizmente, por se tratar de uma árvore selvagem, que se desenvolve em meio a florestas tropicais, ela vem sendo cada vez menos encontrada em seu habitat natural.

Sendo assim, apesar de seus inúmeros benefícios, o ideal é não ficar importando esse tipo de medicamento, a fim de evitar a completa extinção da espécie.

O melhor é sempre encontrar plantas nativas que possuam propriedades semelhantes e que não estejam sob risco de desaparecer pelo extrativismo irresponsável.

Por essa razão, é importante termos estudos aprofundados sobre a flora brasileira e suas propriedades medicinais, a fim de que possamos cuidar da nossa saúde de forma simples e natural sem explorar outros biomas.

Espero que você tenha gostado de saber mais a respeito da Ashoka e de suas propriedades medicinais. Continue acompanhando o blog e nossas redes sociais para ficar por dentro dos benefícios de outras plantas!

Um abraço e até o próximo artigo!

Eve.

Évelim Wroblewski

Évelim Wroblewski é terapeuta ayurveda especializada em ginecologia ayurveda (striroga) pelo Instituto Adhipati e Sankarakripa Arogya Nikethanam, terapeuta da ginecologia natural pela escola Curandeiras de Si, e possui Formação em Medicina e Herbolaria Tradicional Andina pelo Instituto de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia Indígena de Santiago em parceria com a Escola de Medicina Andina.

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